aos olhos cansados
de tanto querer ver
lembrança
e esperança
já não bastam
de tanto querer ver
lembrança
e esperança
já não bastam
(Um olhar diletante sobre o quotidiano, numa tentativa literária descompromissada.)
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POeta, teu poema conversa com um dos mais belos poemas simbolistas de Camilo Pessanha
ResponderExcluir"ÁGUA MORRENTE"
Il pleure dans mon coeur
Comme il pleut sur la ville.
Verlaine
Meus olhos apagados,
Vede a água cair.
Das beiras dos telhados,
Cair, sempre cair.
Das beiras dos telhados,
Cair, quase morrer...
Meus olhos apagados,
E cansados de ver.
Meus olhos, afogai-vos
Na vã tristeza ambiente.
Caí e derramai-vos
Como a água morrente.